terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rapidamente. Ano novo, propósitos nem tanto

Enfim, ano novo. Estou em falta, é assim mesmo que fico às vezes, sem inspiração para escrever. Bem, pelo menos poupei-vos, meus caríssimos! Poupei-vos de meu "non sense", das minhas angústias e tristezas, aquelas coisinhas que se abatem sobre muitos de nós nos fins de ano, aqueles sempre renovados - e nunca cumpridos, pelo menos por mim - projetos de "ano novo, vida nova".

Sobrevivi, e ano recém-chegado, troco de idade. "Nasci em Minas Gerais. Minas não tem mar." Mas tem céu, e tem chuva! E foi numa noite chuvosa de janeiro, 12, que escolhi vir ao mundo, há 54 anos. Acho que é por isso que adoro os dias nublados, ventosos, os trovões e relâmpagos, a chuva forte, a tempestade. Também a chuva que cai fininha, miúda.

Capricorniana com todas as qualidades e defeitos. Teimosa. sobrevivente. Cansada. Antes fosse uma fênix, renasceria mais forte e bela das minhas próprias cinzas. Mas estou apenas enfrentando o inexorável envelhecimento. Um baú cheio de recordações. Não quero recordações. Quero minha Pasárgada de volta. Não me importam as tempestades. Levem -me os ventos. Seja para onde for.


"Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...
Me deixe cavalgar
Nos seus desatinos
Nas revoadas
Redemoinhos..."